Karamba!! Depois de constantes sapos de diversos amigos e conhecidos sobre "Você não sabe quem eu sou!", "você me imagina de outra maneira!", "Muito obrigada mais não sou isto tudo!".
Opa! Se todo mundo tá falando algo assim quer dizer que eu não estou sabendo enxergar as pessoas como elas são não é?
Lí uma frase estes dias que dizia assim:
"Nós só enxergamos duas coisas nas pessoas: O que queremos ver e o que elas querem mostrar." Dexter
Me identifiquei com ela pois eu as vezes quero ver algo de especial mesmo, quero encontrar o que há de mais puro e verdadeiro em cada um mas o que as pessoas querem mostrar já canaliza muito e redimensiona o ser "real" em proporções bem maiores.
Classifico que se queremos encontrar o que há de melhor em cada um e também se a pessoa vai extrair o melhor de sí para o "outro" acabamos por construir alguém "ideal" não possível de existir, maravilhoso, perfeito e quanto menos conviveu mais grandioso se torna aquela pessoa da rotina on-line ou do campo da saudade, aquele primo que só se vê uma vez a cada ano, aquela tia distante que não se tem contato, são todos maravilhosos e muito agradáveis enquanto a convivência está no plano do ideal.
Na frase " Parente é igual defunto, com mais de 3 dias em casa começa a feder!" é uma frase do senso comum que se destina a estas pré-definições e é essa linha do ideal para o real que me deixa fascinada pelo outro. Queria ter a oportunidade de passar vários dias e conhecer cada defeito dos meus amigos e parente "ideais" seria maravilhoso! Penso que a vida não deve ser composta de fantasias todo o tempo, mas o fantasiar é necessário para que exista um primeiro momento. Tirar esta película de fantasia e poder sentir o outro assim como ele é seria uma 2ª fase das relações interpessoais.
Outra questão que me fez pensar nisso foi que quando se constrói o "ideal" você afasta a presença da pessoa em sua vida "real" você coloca o ideal na frente como se abraçasse alguém com uma almofada bem fofinha no meio, uma almofada que te impeça de sentir e de olhar para o outro, bem como até mesmo te impeça de sentir o abraço e por não ter essa presença, penso que é como se fosse um "amigo imaginário" este sacia o EGO porém não te proporciona nada a mais do que palavras que quer ouvir e situações jamais vividas, somente planejadas.
Quero com esta escrita declarar a todos que conheço que não sou alguém que não queira os conhecer e que não seria uma "desilusão" aprofundar a relação, mais sim, com toda a certeza seria muito rica esta troca de vivências. Sou alguém que vê o que há de melhor em cada um de vocês e assim a reciprocidade de abertura de todos.
"Estar junto é mais do que caminhar pela calçada de mãos dadas.É estar junto através da reciprocidade – se preocupar com o outro, torcer pelo outro. Ouvir o outro. E se deixar ouvir sem receios, sem pudor."
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